quarta-feira, 2 de março de 2011

MEDO

Caso lhe fosse concedido o dom de expressar-se por palavras, ele sem dúvida clamaria por compreensão.  Ele, o medo, nos protege, pode ser o portão que nos impede de atravessar espaços alheios ou simplesmente de fazer tudo que queremos e julgamos ser certo, como se o nosso julgamento fosse suficiente ao bem comum. Talvez seja o limite entre fazermos as pessoas ao nosso redor felizes e destruir suas vidas com medidas egoístas que não podem ser bem interpretadas.
Às vezes o odiamos tanto que se quer percebemos que talvez seja ele a explicação para ainda não termos jogado tudo para o alto, ele é aquele mesmo sentimento que não nos deixa pedir ajudar quando já se esgotaram as possibilidades, é o mesmo receio que parece recolher nosso braço quando deveríamos estender a mão para um possível aliado, também pode ser aquele que ajuda o espelho a nos convencer que estamos bem sozinhos, como se não precisamos de nosso vizinho, este nobre sentimento que interpretamos como fraqueza para o perfil do novo mundo capitalista, competitivo, individualista e globalizado, é o mesmo que não nos deixa envelhecer sozinhos.
Não falamos do medo mórbido que paralisa o homem, que impede o progresso, que o impede de aceitar o novo, de experimentar outras possibilidades e arriscar quando todos dizem que não vamos conseguir, não é aquele que nos mandar ficar quietos, quando o que queremos mesmo é gritar, tão pouco o sentimento que nos impede de ser o que realmente somos não aquela coisa que nos obriga a usar máscaras, muito menos que nos impede de acreditar que o Sol sempre irá nascer, pois contra esse medo é mesmo aconselhável lutar.
Sentimos medo por diferentes razões e desde os primórdios dos tempos, lutamos contra isso como se fosse o mais triste defeito humano, contudo, independente de seu valor ou de como o julgamos, ele é mesmo inerente a natureza humana, e nem o mais pretensioso dos mortais pode afirmar não precisar dele. Quem sabe algum nobre corajoso se arrisque a dizer que não tem medo de nada, a este poderíamos dizer que a coragem não é nada além do controle do medo, e não a ausência dele.
O fato determinante a este respeito é que ele é decisivo na aquisição do equilíbrio mental, espiritual e físico do ser humano, estabelecendo muitas vezes, mesmo que inconscientemente, o limite entre o que desejamos e o que realmente podemos fazer.
Todos os dias quando levantamos e saímos de casa precisamos tomar decisões, afinal quase sempre somos o que escolhemos, vivemos pelo que optamos em determinado momento de nossas vidas, com justa exceção aquelas pessoas que se quer tiveram alguma chance de escolher seu próprio caminho, algumas dessas decisões são pouco relevantes, outras, porém, determinará nossa profissão, casamento, descendência, lugar que vamos morar, como gastaremos nosso tempo e recursos, e principalmente que mundo construirá. E qual de nós nunca sentiu algum medo frente a decisões que mudariam para sempre toda nossa vida?
Portanto, próxima vez que sentir medo, não seja tão rápido em julgá-lo desnecessário, lembre-se que ele pode ser nosso melhor conselheiro, afinal nos colocamos a refletir quando o sentimos, lembre-se também, que por mais que você não queira ele sempre estará ao seu lado, pois não há homem sem medo.
Não precisamos esconder o que somos; medrosos apaixonados pela sensação de que podemos ser mais fortes que ele, o medo. 

Adriano Barros.
Adriano Barros


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Astróloga explica "falsa" mudança de signos do Zodíaco


A notícia de que os astrólogos do Minnesota Planetarium Society - sobre a redefinição do calendário do Zodíaco - percorreu o mundo e fez muitas pessoas entrarem em conflito na busca de informações.

Segundo o instituto, ao longo dos anos, a Terra teria oscilado no seu eixo devido à força gravitacional da lua, isto avançaria um mês no alinhamento das estrelas, o que resultaria na criação do 13º signo, o Serpentário, que estaria entre Escorpião e Sagitário.

Andreia Modesto explica um pouco melhor o assunto:

"Todo estudioso de Astrologia é apresentado a dois zodíacos: O zodíaco móvel, simbólico, zodíaco dos signos, que serve ao homem ocidental, com base nas quatro estações, se iniciando na abertura do signo de Áries, 20 ou 21 de março, dependendo do ano, outono hemisfério sul, primavera hemisfério norte. O zodíaco fixo, sideral, o zodíaco das constelações, que é o zodíaco utilizado nas leituras da Astrologia Hindu, o Ayanamsa, que alguns astrólogos dizem que fazem aqui no Brasil mas não é verdade. O que existe é que fazem uma adaptação da leitura hindu, um gatilho, um 'jeitinho' que considera o zodíaco com diferença de mais ou menos 24 graus, baseado na precessão dos equinócios. O que a revista descobriu em janeiro de 2011 e alardeou como o fim da Astrologia, a Índia já conhece há séculos. Não existe espaço no zodíaco móvel, ocidental, para nenhum novo signo. E tudo continua exatamente do jeito como está", diz a especialista .

Além de acalmar quem estava preocupado com a suposta mudança, ela afirma: "Um grupo respeitado de astrólogos sideralistas, na França, tem como destaque Jacques Dorsan, que escreveu 'Le Veritable Sens des Maisons Astrologiques' , onde defende não apenas o zodíaco fixo das constelações mas também que a casa 12, por ser a primeira casa iluminada pelo Sol não seria a última, mas a primeiríssima casa da mandala. A proposta do astrólogo é que a ordem das casas se inverta, sendo a casa 11 a segunda casa, a casa 10 a terceira casa...Bela teoria que não se confirma na prática".

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Os nó cego


Os nó cego

A banda surgiu no início de 2007, da vontade de quatro jovens baianos de realizar um sonho: viver de música com o compromisso de produzir um rock de qualidade.

O som desse quarteto é envolvente e mistura guitarra pesada e bateria com bastante pegada, juntamente com linhas de baixo que passeiam entre o regional e o velho Rock´N´Roll, e para compor essa mistura a banda tem em sua sonoridade ingredientes tradicionais e também elementos inusitados como flauta, metalofone, corneta entre outros.

Influenciados pelo rock dos anos 80, de imediato surgiu à necessidade de resgatar a música de qualidade daquela época, que infelizmente foi sendo comprometida em detrimento do mercado comercial, e em especial na Bahia, onde outros estilos musicais foram conquistando espaço cada vez maior na mídia. A necessidade de resgatar um trabalho de qualidade, cada vez mais, foi se tornando vital para a proposta da banda.

Para tal, buscamos desde já trabalhar uma linha de composição que tenha como princípio, explorar a poesia, aliada a melodia, drama social e arranjos marcantes. Com o tempo, o reconhecimento por parte do público, meio artístico e crítica foi notório! Aos poucos fomos conquistando espaço, e participando de eventos musicais e culturais importantes em nossa região.

Uma das características desse grupo que acredita na "força da luz do cangaceiro do Nordeste" é transmitir uma visão diferente do rock feirense. Para eles, a mistura de ritmos faz parte do brasileiro que é miscigenado na sua essência.

Com nova formação composta por músicos conceituados na cena rock´n Roll de Feira de Santana – Márcio Punk – (vocal e arranjos), Skarro – (contrabaixo), layon – (guitarra) e Joy (bateria).